Ela buscou dentro de bruxas e demônios
algo para viver
colocou-se entre os escombros
para conseguir dizer
Que no céu da boca havia um gosto amargo
que no que repudiava encontrava afago
que em seu ego vivia um rato
um pacato e um ingrato
E nada lhe parecia bom,
não existia algo ali que ainda a excitasse
porque nada encaixava no tom
porque nem ela mesmo conseguia enxergar a sua face
Olhava-se no espelho,
via um ser deformado,
entrava em desespero,
por ver que era apenas mais um ser ilhado
Tomou os seus comprimidos,
afastou dos seus amigos,
não voltou mais pra casa,
cortou as suas proprias asas...
Pensara em não mais levantar das próprias cordas que amarrara em seu proprio corpo,
pensou em não mais deixar a condição de louco,
e não mais deixou,
morreu pouco a pouco
atirou-se no poço
raso demais para sobreviver
fundo demais para se reerguer
por tempo demais para apodrecer...
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